O Cerrado - segundo maior bioma brasileiro - possui vegetação similar a das savanas, com árvores baixas, de cascas grossas e troncos retorcidos, arbustos e campos cobertos por gramíneas. A vegetação possui raízes profundas, já que os lençóis freáticos também se encontram a uma grande profundidade. O solo é ácido devido a presença de Alumínio e é pobre em sais minerais.
Exemplos de algumas espécies que compõem sua flora:
Araçá: É uma árvore da espécie Psidium cattleyanum, família Myrtaceae. Encontrada especialmente em campos abertos. Em algumas regiões propaga-se formando quase a espécia dominante. Árvore de pequeno porte, tendo de 1 a 4 metros de altura. Fruto redondo, pequeno, macio, muito procurado pela fauna, que o dissemina largamente. A maior utilidade da árvore é fornecer alimento para a fauna. Floresce várias vezes ao ano, principalmente em setembro.
Catuaba: O nome dessa planta se refere a duas espécies distintas de árvores, a Trichilia catigua e Erythroxylum catuaba. A espécie E. catuaba é uma árvore de pequeno porte, podendo ser encontrado no norte e nordeste do Brasil. Atinge de 2 a 4 metros de altura, produz flores amarelas e laranjas, e também pequenas frutas em tom amarelo mais escuro, que são comestíveis. A espécie T. catigua é maior, podendo chegar a 10 metros de altura. Ambas as espécies são usadas de forma idêntica na medicina popular.
Pequizeiro: O pequizeiro (Caryocar brasiliensi) é uma árvore típica do cerrado brasileiro e, com certeza, uma das com maior valor econômico na região, ou seja, com um alto grau de aproveitamento, não só pelos seus frutos, os pequis, mas pela árvore como um todo. Em cerrados encontram-se exemplares pequenos, com 1 metro de altura, carregados de flores em épocas fora do tempo normal de floração. O pequi é considerado a “carne” do cerrado. Além das proteínas, poliglicerídeos e carboidratos necessários ao organismo, contém alto teor de vitamina “A” em sua polpa. Devido à sua origem no cerrado, o pequizeiro é melhor adaptado a regiões com pouca chuva e pouca irrigação. Sua produção é sempre maior em períodos mais secos.
Fauna
O Cerrado abriga um grande número de espécies animais. Mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes fazem parte das cerca de 2.500 espécies de vertebrados identificados e que vivem no bioma. Isso sem contar os insetos, que têm papel fundamental na ecologia, mas que ainda são pouco conhecidos pela ciência.
Espécies ameaçadas como a onça-pintada, o tatu-canastra, o lobo-guará, a águia-cinzenta e o cachorro-do-mato-vinagre, entre outras, ainda têm populações significativas no Cerrado, reafirmando sua importância como ambiente natural. Todavia, espécies exclusivas do Cerrado, como o tamanduá-bandeira, estão na lista dos animais brasileiros ameaçados de extinção. Ao todo, 65 espécies do Cerrado encontram-se em situação semelhante.
*Fonte: ISPN (Instituto Sociedade População e Natureza)
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